domingo, 23 de dezembro de 2012

Missa de Natal

Amanhã dia 24 de dezembro pelas 17:30 terá lugar a missa de Natal na nossa aldeia. Estava previsto que a missa fosse abrilhantada pela Orquestra Sinfónica de Londres mas devido a um imprevisto não poderá vir e então virá o Rancho Folclórico de Sortelha que dará com certeza um toque especial à missa de Natal.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mensagem de Natal do Bispo da Guarda

 

É Natal
E Deus fez-se o próximo mais próximo de nós

Mais importante do que a vaca e o burrinho, que também expressam o encanto e mesmo o espanto da natureza diante do Mistério de Deus feito Homem, é o Menino Jesus no Presépio de Belém. E também o são Nossa Senhora e S. José que O acolhem e com Ele fazem a Sagrada família de Nazaré. Os pastores representam os mais pobres, os mais débeis da sociedade, que nem casa têm, mas com toda a prontidão correm para Belém e descobrem naquele Menino envolto em faixas, como qualquer outro, o Salvador do Mundo. Não podem guardar esta surpreendente alegria só para si, mas, com grande entusiasmo, vão pressurosos comunicá-la por toda a parte. Por sua vez, a indiferença da cidade perante este hóspede divino, para quem não houve lugar nas casas, faz-nos pensar na actual frieza do nosso mundo secularizado, que teima em virar as costas a tudo o que possa ser entendido como sinal de Deus.
Mas Deus continua igual a si mesmo, no quadro do Presépio de Belém. Não se impõe a ninguém; somente se propõe, sempre muito discreto e humilde, às pessoas que lhe abrem a porta da sua vida, como aconteceu àqueles humildes pastores.
Vamos viver mais um Natal mergulhados em profunda crise, que faz sofrer pessoas, famílias e mesmo comunidades.
Há pessoas e famílias que perderam o estatuto de vida social que tinham, porque lhes foram de repente retirados os recursos. Cresce o número dos que não têm os bens essenciais para sobreviver, como sejam a comida e o vestuário. O próprio acesso aos cuidados de saúde começa a estar em risco para crescente número de pessoas, que já deixam de comprar os remédios receitados por falta de dinheiro. Continua a haver empresas que atravessam sérias dificuldades para manterem os postos de trabalho que criaram. O desânimo está atingir grande número de pessoas que se vêem fora do acesso aos bens essenciais e também à margem da sociedade, porque sem emprego.
Felizmente que a solidariedade na partilha de bens essenciais com aqueles que não têm o necessário continua e reforçada.
Perante este quadro preocupante de dificuldades, sabemos que não podemos esperar do governo e da administração pública aquilo que nos foi prometido. Pelo contrário, temos a clara noção de que nos vão pedir cada vez mais sacrifícios para pagar dívidas que nós não contraímos, embora estejamos conscientes do princípio geral de que quem herda activos também tem de aceitar herdar os passivos.
Perante este quadro de restrições com tendência para aumentarem, como cristãos e comunidades cristãs não podemos cruzar os braços; antes, pelo contrário, pondo em prática a lição do Presépio, queremos estar perto de todos, a começar pelos mais necessitados. E há muitos que não precisam de pão para a boca e roupa para combater o frio, mas precisam do calor da nossa presença. Há gente a precisar do nosso tempo e da nossa proximidade para vencer situações de desânimo provocadas pelo desemprego, pela perda repentina do estatuto humano e social que tinham, ou simplesmente porque estão desorientadas e não sabem o que fazer.
Queremos fazer sentir a todos os que sofrem a nossa presença solidária, no espírito da caridade cristã, fortalecendo as redes de proximidade que já temos e criando outras onde for necessário. Esta queremos que seja a preocupação de todas as nossas paróquias, dos nossos centros paroquiais e misericórdias; de todas as instituições que temos voltadas para ajudar a resolver situações sociais mais preocupantes, como são a Caritas, as Conferências de S. Vicente de Paulo e outras. Queremos colaborar neste Natal, através da campanha nacional dos 10 milhões de estrelas, para fortalecer a proximidade com os que mais precisam, segundo o espírito da caridade cristã.
À Sociedade civil em geral queremos levar a mensagem natalícia de que as redes de proximidade e atendimento personalizado dos indivíduos e das famílias são o caminho para construir verdadeiro bem estar para todos. E sentimos que o próprio acto de governar tem de ser, antes de mais, isto mesmo: criar relações de proximidade com as pessoas, auscultá-las nos seus anseios, potencialidades e dificuldades para, depois, com o máximo consenso possível e a cooperação do maior número, tomar as decisões que o bem de todos impõe, definir caminhos e ajudar as pessoas a percorrê-los com entusiasmo, mesmo que seja preciso fazer alguns sacrifícios.
Um santo Natal, com a luz e esperança do Menino de Belém.
Guarda e Paço Episcopal, 13 de Dezembro de 2012D. Manuel R. Felício, Bispo da Guarda

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Aqui vai nascer uma nova avenida

O ribeiro está a ser tapado e esta rua vai ficar mais larga. A junta de freguesia está muito amiga da Quarta-Feira, esperemos que continue assim e que "arranje" lá uns paralelozinhos para colocar nas ruas que ainda não os têm.

A casa do povo com nova cara


domingo, 9 de dezembro de 2012

Testemunho de uma filha da Ti Fliménia ( Para ver clik no link )

http://www.youtube.com/watch?v=qRxiHitR1pU&feature=youtu.be

“Ti Fliménia – A Parteira da Quarta-Feira”


 

Aqui está a fotografia da Ti Fliménia, nome pelo qual era conhecida, pois o seu nome certamente seria Filomena e do seu marido António Lourenço. Esta simples fotografia é mais uma peça de um puzzle que é a história da nossa terra.
 

A Ti Fliménia foi durante muitos anos a parteira da Quarta-Feira. Pelas suas mãos hábeis e competentes e de muito saber, de experiência feito, passaram quase todas as crianças nascidas ao longo de várias décadas.

Naquele tempo não havia médicos, hospitais como há hoje, nem tão pouco havia estradas por onde pudessem ser transportadas as parturientes de então, a não ser pela velhinha estrada do Vale D’Arca.

O Nascimento das crianças tinha portanto de ser resolvido na aldeia e felizmente, sempre com êxito graças à Ti Fliménia.

A Ti Fliménia, além de exímia parteira, era alguém que estava sempre pronta a ajudar quando era necessário, mesmo em situações difíceis .

Pelo bem que aos Quartafeirenses fez, Bem-Haja à Ti Fliménia, pelo conforto e pela ajuda que tantas vezes proporcionou em momentos difíceis a quem dela precisou.

Pelo sol radioso que existia na sua alma, onde o sonho e a ternura a todos embalava com amor, que Deus a guarde lá no alto para todo o sempre onde, segundo acreditamos, devem estar os bons e os justos.

 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O Natal Está à Porta...


Mais um ano a chegar ao fim… mais um Natal a principiar.

A palavra Natal é sem dúvida uma palavra mágica para miúdos e graúdos, para os primeiros pela alegria, pelos sonhos e pela felicidade e para os segundos pela sensação de família, pelo amor e pelos sentimentos de partilha que ao longo do ano se perdem ou se afundam mas que nesta época vêm ao de cima em cada ser humano e mostram que afinal o Natal é mesmo a festa das festas que ano após ano dá ânimo ao espirito e bem estar ao corpo que por vezes se perde na azáfama do dia a dia.

O Natal é especial mas passado na nossa querida Quarta-Feira tem ainda outro requinte sobretudo se passado frente ao calor das nossas lareiras aquecidas com as lenhas quartafeirenses que dão mais calor que uma qualquer outra chaminé de uma qualquer cidade onde não há a sensação natalícia que, felizmente, se sente na Quarta-Feira só pelo simples facto de se abrirem janelas de casas que habitualmente estão fechadas ao longo do ano, assim como se vêm também  mais chaminés a deitar fumo, pois é sinal que alguns filhos da terra estão de regresso ao cantinho que aqui têm e não esquecem, para passarem esta quadra com os seus familiares, conterrâneos e amigos.

É bom consoar nesta aldeia, ver as luzinhas de Natal a piscar, comer couves da nossa horta regadas com azeite das nossas oliveiras e vinho das nossas cepas e se o peru for de capoeira quartafeirense, então…melhor ainda.

No dia de Natal é bom ir à capela, ver o madeiro, ouvir os velhinhos versos desta quadra como “Entrai Pastores Entrai”, “Em Belém à Meia Noite” e outros cantados sob a orientação e a voz de fundo da Ti Joaquina e da Ti Lusitana que imprimem ao ato religioso uma sensação de família e um toque especial que fazem desta terra e desta gente um povo único e sem igual neste nosso Portugal.