quinta-feira, 28 de abril de 2011

O mês de Maio está a chegar

Maio está quase a chegar e com ele chega também uma época muito especial para todos os cristãos, pois este é o mês dedicado a Maria.
Maio está associado ao coração, às flores e é também neste mês que se comemora o Dia da Mãe.
Por tudo isto, este mês é de facto especial e por isso fica marcado pela amizade e pelo amor que paira no ar e que deve estar sempre presente em todos os corações.
Assim sendo e com estes sentimentos imploremos a Maria, Nossa Mãe uma especial protecção à Quarta-Feira e a todos os seus habitantes e simpatizantes.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Microclima da Quarta-Feira

Microclima é por definição uma região, uma zona ou uma área relativamente pequena cujas condições atmosféricas diferem da zona envolvente.
É precisamente o que acontece na Quarta-Feira, pois aqui há um clima e todo um conjunto de factores e de condições excepcionais que tornam possível uma prática agrícola excepcional.

A agricultura sempre foi e continua a ser uma actividade económica importante, embora por vezes não se lhe dê o devido valor. A agricultura é uma actividade muito sensível a determinados factores, como é o caso do clima, do relevo, do solo, do desenvolvimento tecnológico e cientifico e também das tradições culturais.
Há factores que são manipuláveis e dependem de variáveis humanas, como é o caso do desenvolvimento tecnológico e cientifico e das tradições culturais, mas o clima, esse só depende da natureza e não é possível aos homens, por mais inteligentes que sejam, impor um determinado clima numa determinada região, a não ser criar condições artificiais em espaços relativamente reduzidos, como é o caso das estufas.
Na Quarta-Feira, quis Deus e a Natureza que fosse possível cultivar um grande número de espécies agrícolas sem recurso a grandes mecanismos artificiais, pois nesta terra é possível produzir batata, centeio, alface, azeite, vinho, árvores de fruto e todo um conjunto de outros bens comestíveis que o ser humano necessita para a sua alimentação.

Tudo isto deve-se então a todo um conjunto de condições que estão reunidas nesta localidade que permitem até desenvolver uma agricultura biológica com recurso a técnicas e instrumentos simples, utilizando fertilizantes naturais que conferem aos produtos aqui produzidos, características ímpares que não se conseguem em qualquer lugar.
Assim sendo, o microclima da Quarta-Feira constitui mais uma boa razão, a somar a tantas outras, para que esta terra seja cada vez mais um local que se recomenda e que deve ser considerada uma zona protegida pelo ar puro que aqui ainda se respira

terça-feira, 26 de abril de 2011

Da Pastorícia à informática



Quem chega à Quarta-Feira pela entrada Norte, encontra, além de muita beleza, um conjunto de obras de arte que têm um simbolismo e uma razão de ser que à primeira vista até podem parecer descabidas e pouco adequadas ao local em que se encontram.
Mas tudo tem uma explicação e tudo faz sentido desde que devidamente fundamentado, e a lógica deste “pequeno museu” sustenta-se naquela que foi uma forma de vida ao longo do século XX, do povo da Quarta-Feira.

No início do século, a Quarta-Feira tinha como principal fonte de rendimento, o campo, os animais e a agricultura em geral e daí a razão de ser da cabana, típica dos pastores que em dias de chuva, frio e neve encontravam naquele tipo de cabana o abrigo necessário enquanto os animais pastavam.

A mala simboliza a emigração que foi uma realidade para muitos Quartafeirenses, pois foram vários aqueles que à procura de uma vida melhor partiram rumo a outros países como França, Suíça e Alemanha, onde acabaram por ficar depois de uma vida de trabalho, uma vez que aí tiveram família e criaram laços de amizade.

Por último o computador surge como uma ferramenta fruto da evolução dos tempos que também chegou à Quarta-Feira e veio para ficar, pois com esta máquina fantástica, qualquer Quartafeirense fica rapidamente em contacto com todo o mundo, o que faz desta terra como que um pequeno bairro da aldeia global que é o planeta.

Assim sendo, este cartão de boas vindas da aldeia é muito mais que qualquer coisa em pedra, uma vez que por um lado dá um ar de graça a quem por ali passa e contempla a paisagem e por outro lado exprime através da arte e de forma resumida aquela que foi uma forma de vida deste povo de tamanha vontade e capacidade de lutar por causas que acredita valer a pena em prol de uma melhor qualidade de vida.


segunda-feira, 25 de abril de 2011


Que os valores de Abril estejam com todos os Quartafeirenses e que esta data continue a ser uma referência de todos os que lutam e ambicionam uma sociedade com direitos e liberdades individuais.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Coisas que alguém disse sobre a nossa aldeia após reportagem da Localvisão

Quarta-feira é um presépio guardado pela fortaleza amuralhada de Sortelha. Estudos recentes defendem que o urânio utilizado nas bombas atómicas da segunda guerra mundial foi extraído nas minas da Quarta-feira. Urânio e Sabugalite são alguns dos minérios que dão palco à arte gravada no granito e ao grupo de teatro «Guardiões da Lua». Quarta-feira devia ser protegida e qualificada como «Aldeia Preservada».




Excelente reportagem da LocalVisão Tv da Guarda numa aldeia muito especial.
Quarta-feira é um paraíso perdido na Beira Alta que está fora dos roteiros turísticos «oficiais». Infelizmente!

jcl

Carnaval 2011 ( clik no link para ver )

http://www.youtube.com/watch?v=glf2Wsl2epU&feature=feedwll&list=WL

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Ti António Maria

No inicio do século XX, mais precisamente no ano de 1906, nascia para o mundo, António Maria, filho de Joaquina Maria e José Joaquim Luís, tendo vindo a contrair matrimónio com Germina Maria Pires, filha de José Joaquim Pires e de Balbina Maria.
António Maria foi mais um cidadão da Quarta-Feira que, pelos contributos dados a esta terra, também faz parte da história deste povo.

Se outros que já aqui foram recordados tiveram mérito pelo nome que deram à Quarta-Feira,  por particularidades da sua personalidade ou da sua vida, também António Maria ocupa um lugar de destaque no que a figuras do passado diz respeito.
Falar de António Maria é viajar no tempo e recordar uma pequena parte da história desta localidade, pois a história faz-se com acontecimentos, datas, monumentos e outras coisas mas em primeiro lugar faz-se de pessoas que de alguma maneira contribuíram e deixaram marcas no meio e na sociedade de que, um dia, foram parte integrante.
António Maria era antes de mais, uma pessoa de bem e pelo bem, simples na sua essência e amigo do próximo.
O que fez pela Quarta-Feira contribuiu sem dúvida para o bem geral desta localidade, pois foi com a sua ajuda e iniciativa que a Quarta-Feira teve uma escola, pois ofereceu o terreno para a sua edificação e fez do ensino uma realidade nesta aldeia. Mas antes de a escola estar construída e tendo noção do quão importante era uma escola na Quarta-Feira, emprestou uma casa para esse fim, que durante algum tempo, permitiu que naquela época, alguns jovens de então aprendessem alguns ensinamentos básicos para a vida, como ler e escrever.
Foi também António Maria que deu um incentivo à construção da Casa do Povo, que entre outras funções veio a servir de residência às professoras que ao longo dos anos foram tendo como local de trabalho a Escola da Quarta-Feira.

Este homem foi também um dos principais responsáveis pela construção do arco da capela da Quarta-Feira que ainda hoje se mantem intacto.
António Maria é ainda hoje recordado como sendo também um homem que, habitualmente, produzia uma “boa pinga” para beber e oferecer aos amigos. Se fosse na adega era costume oferecer de beber por um copo feito de um “corno”, se por acaso encontrava algum “camarada” no meio da rua então rapidamente puxava pela “borracha” que quase sempre trazia à cintura.
Por tudo isto, António Maria foi mais um dos Quartafeirenses que pelo seu passado, deve fazer parte do presente ou pelo menos da memória daqueles que se continuam a interessar pela mítica história desta localidade que como alguém disse, sai do calendário e toma lugar no mapa.

O moinho do Chão Novo ( para ver clik no link que se segue )

http://www.youtube.com/user/quartafeirense#g/u

Uma "gota" de História

Sortelha foi sede de concelho até 1855. Após esta data passou a fazer parte do concelho de Sabugal.
A Câmara de Sortelha era composta pelas freguesias de Sortelha, Casteleiro, Santo Estêvão, Moita, Malcata, Aldeia de Santo António, Urgueira, Penalobo, Bendada, Pousafoles do Bispo, Águas Belas e Lomba dos Palheiros.
Quer isto dizer que a Quarta-Feira já pertenceu à Câmara de Sortelha.

domingo, 17 de abril de 2011

Porque será que a Quarta-Feira se chama assim ! ?

Descobrir ou tentar navegar pela história no sentido de desmistificar ou tentar perceber aquilo que de boca em boca foi passando sem que esteja escrito em qualquer lugar, como é o caso da origem do nome de uma localidade, constitui pois um exercício de aventura e de alguma imaginação que nos pode levar a conclusões com mais ou menos consistência que valem o que valem enquanto meras hipóteses impostas pela leveza da imaginação de cada um.
Assim sendo, no que à Quarta-Feira diz respeito, correm várias versões, mas aquela que parece ter mais aceitação é a que vinca a ideia que há muitos, muitos anos, houve aqui uma feira em que se vendiam os mais diversos produtos, essencialmente agrícolas e no final da mesma quando os vendedores já iam de regresso às suas terras, alguém de repente, numa expressão típica de quem se lembrou de alguma coisa, terá dito que se esqueceu da Quarta na feira.
A Quarta era, ao que parece, um recipiente que representava uma determinada unidade de medida, mas a forma como terá sido dita tal expressão: “Esqueci-me da Quarta na feira” foi aproveitada e apadrinhou aquela que se havia de tornar a terra ímpar e esplendorosa que a todos nós um dia serviu de berço.
Esta é apenas uma hipótese e uma tese que de geração em geração foi passando, mas se a imaginação quiser muitas outras pode haver. A título de exemplo do que é legítimo solicitar à imaginação poderíamos até pensar que esta terra era, até determinado momento, um lugar deserto e que certo dia alguém ao passar por aqui e depois de ver com olhos de ver terá chegado à conclusão que este sítio era um verdadeiro desperdício estar desabitado, pois afinal os pontos mais belos do planeta merecem que tenham gente a cuidar deles. No entanto, esse alguém ter-se-á deparado com o dilema de como identificar este lugar, o que o levou a pensar nos mais diversos nomes e a ficar um pouco confuso, pois afinal não sabia qual seria o mais adequado.
Foi então que depois de muito pensar decidiu que como o dia em que descobriu esta terra era precisamente uma Quarta-Feira, esse poderia ser o melhor nome para esta localidade, pois assim nunca mais se esqueceria que descobriu este local fantástico, precisamente a meio de uma semana e que ao mesmo tempo esse nome iria fazer com que o povo que aqui se viesse a fixar fosse também muito famoso, falado em todo o mundo e com o privilégio de ter um dia de descanso a meio da semana pelo facto do nome da sua terra coincidir com o dia em que foi descoberta.
O que aconteceu com o decorrer do tempo, foi que o nome da localidade manteve-se mas o direito ao descanso semanal foi coisa que este povo abdicou por ser de tal “bravura” que a sua garra e determinação não se compadece com folgas a meio de uma qualquer semana de trabalho, pois a vontade de trabalhar é mais forte do que qualquer lei imposta por quem quer que seja.
Como esta, poderia ainda haver muitas outras teses, mas a verdade é que a Quarta-Feira tem este nome que faz dela um lugar genial, único e sem igual.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O que era Entrar para a Malta da Quarta-Feira

“Entrar para a malta” foi no passado uma expressão muito usada na Quarta-Feira, mas hoje, porque tudo mudou, esta simples frase caiu no esquecimento, deixou de fazer sentido e já não tem aplicação.
Esta era então a expressão que na Quarta-Feira dava nome ao momento em que um adolescente transitava da fase de “puto” ao estatuto de rapaz que lhe conferia algumas regalias, pois a partir de então estava autorizado a alinhar com a rapaziada nas “peripécias e farras” próprias de uma juventude irreverente, com uma identidade construída com base em valores, regras e normas comuns a todos.
Essas regalias passavam por exemplo, pela permissão em frequentar a taberna até altas horas da madrugada, em andar na rua durante a noite, participar em borgas e outros privilégios que davam aos ditos membros da malta uma certa liberdade e sensação de independência.
Hoje, esta expressão deixou de fazer sentido porque tudo é muito mais precoce e tudo é permitido na mais tenra idade e por outro lado não há, e ainda bem, uma separação tão acentuada entre miúdos e graúdos.
No entanto e por outro lado seria bom que “ o entrar para a malta” ainda fosse uma realidade pois era sinal que havia muitos jovens que certamente dariam uma vida nova à aldeia.
Enfim… Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Agradecimento da família de Maria D' Assunção

A família de Maria D' Assunção agradece a todos os que participaram no funeral e a todos quantos de alguma forma manifestaram a sua consternação.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A televisão esteve na nossa aldeia


A equipa de reportagem da Localvisão esteve nos passados dias 8 e 9 de Abril na Quarta-Feira, tendo realizado uma reportagem sobre diversas actividades nesta localidade.
Esta não foi a primeira vez que a Quarta-Feira foi alvo de interesse dos meios de comunicação e com certeza não será a última, pois os encantos desta terra são mais que muitos e é bom que de quando em vez  esta pacata aldeia seja projectada à escala mundial nos meios de comunicação para que aqueles que nunca aqui estiveram possam pelo menos ter noção de que aqui há  um Portugal genuíno  à espera  de ser descoberto e que realmente o ditado que diz “vá pra fora cá dentro” faz sentido, pois aqui a tranquilidade e o cenário idílico existente dão realmente a sensação que aqui há de facto uma perfeita harmonia entre Deus , o Homem e a Natureza, o que é comprovável através do link que aqui vai ser colocado quando a reportagem estiver pronta para ver e rever as vezes que a cada um apetecer.

Resposta da câmara após nova chamada de atenção para a requalificação da paragem de autocarro

Serviços Municipais de Protecção Civil da Câmara Municipal do Sabugal

Venho por este meio informar que a junta de freguesia de Sortelha tem conhecimento da situação em causa.
A Presidente da Junta foi informada da situação por carta registada (enviada dia 22-02-2001 com o numero SMPC nº 9 ) com aviso de recepção e por via directa onde a mesma se comprometeu perante os nossos serviços que iria resolver o assunto em questão.

Mais informo que a autarquia local após notificação é a autoridade máxima e deve efectuar a execução dos trabalhos, Conforme o previsto no artigo n.º 7 da Lei nº 65/2007,de 12 de Novembro “As juntas de freguesia têm o dever de colaborar com os serviços municipais de protecção civil, prestando toda a ajuda que lhes for solicitada, no âmbito das suas atribuições e competências, próprias ou delegadas.”

Iremos interceder novamente junta da junta de freguesia de Sortelha.


Sem mais de momento

Alberto José Lavrador Barata, Eng.

Faleceu a Srª Maria D' Assunção

Faleceu ontem dia 12 de Abril a senhora Maria D' Assunção com 86 anos.
Nasceu a 8 de Julho de 1924. Era filha de Clementina Maria e de Jesuino Gomes,
tendo sido casada com Joaquim José.

O Funeral será amanhã dia 14 de Abril pelas 15 horas.

domingo, 10 de abril de 2011

A cultura esteve na Quarta-Feira

A cultura é tudo aquilo que faz parte de um povo.
A cultura é algo que se cheira, se bebe, se come, se sente e se exprime sob as mais diversas formas.

Desde os tempos mais remotos que o homem sentiu necessidade de se exprimir e transmitir aos outros aquilo que lhe vai no mais intimo do seu pensamento. Desde as gravuras na pedra até à invenção da escrita, tal como ela é hoje, o homem foi inventando diferentes formas de expressão.

Assim sendo, o teatro é também uma ancestral forma de comunicar, de intervir e de dramatizar, cuja referência e expoente máximo foi o inconfundível Gil Vicente, a quem muitos se referem como sendo o pai do teatro português e autor da famosa obra Auto da Barca do Inferno.
Foi pois no seguimento desse grande homem que aqui também foi criado o grupo de teatro Guardiões da Lua que no passado sábado, 9 de Abril brindou o povo da Quarta-Feira com a peça “ A Queda De Duas Estrelas”. Esta peça foi mais um momento de cultura, de convívio e de diversão que este grupo proporcionou aos Quartafeirenses e a todos aqueles que de outras terras aqui se deslocaram para, com os próprios olhos, apreciarem e testemunharem o grande e imperdível espectáculo que é possível tornar realidade numa aldeia tão pequena em tamanho mas tão rica em valores e formas de expressão.
Esperemos que os Guardiões da Lua sejam cada vez mais um grupo de referência na nossa região e que continue a projectar e a levar mais além o nome da Quarta-Feira para que todos nós tenhamos, a cada momento, um orgulho saudável em afirmar a nossa verdadeira identidade Quartafeirense única e inconfundível.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Páscoa está a chegar!

Com a chegada da Páscoa, a nossa Quarta-Feira “veste-se” com ar de festa, pois vai receber alguns dos seus filhos que lá longe anseiam pelo regresso.
A Páscoa é Jesus, ressuscitado que entra na nossa aldeia tão bela, limpa e perfumada, numa simbiose perfeita entre cheiros, sons e cores.
A Páscoa na Quarta-Feira é festa, reencontro e amizade. Enfim…é uma alegria realmente sentida.

A todos os Quartafeirenses, uma Santa e Feliz Páscoa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

E se de repente deixasse de ser proibido morar na Quarta-Feira?

E se de repente não fosse proibido?
Esta é pois uma questão que à partida parece despropositada, completamente descabida e descontextualizada, mas a verdade é que faz algum sentido.
E faz sentido porque na Quarta-Feira não há, infelizmente, espaços onde de facto seja possível construir, ou se os há são muito reduzidos, o que limita uma eventual expansão da aldeia. A única solução que existe é recuperar o pouco que existe.
Esta é pois uma politica bastante redutora para o desenvolvimento. Com este PDM vamos, provavelmente, assistir a uma desertificação cada vez mais acentuada das nossas aldeias, dado que os espaços que nos restam para a construção não estão contemplados no âmbito do PDM.
Com esta politica só se podem esperar enormes prejuízos para o meio rural, uma vez que os jovens casais e os potenciais interessados em construir a sua habitação na sua aldeia estão pura e simplesmente impedidos de o fazer sendo obrigados a deixar a sua terra e a sua família, acabando por ser obrigados a procurar outros locais para viver, nomeadamente as cidades onde se assiste a uma verdadeira especulação de preços de terrenos ao mesmo tempo que se verifica uma saturação de espaços urbanos que levam por vezes a uma pouco boa qualidade de vida.
Esta é pois uma realidade da qual muitos responsáveis políticos já se aperceberam mas que até ao momento pouco ou nada fizeram para a alterar. De facto já vai sendo tempo de se tomarem medidas no sentido de inverter  esta situação que permite exageradamente a expansão das cidades e atrofia e constrange as possibilidades de desenvolvimento do mundo rural.
No caso da Quarta-Feira seria bom devolver a liberdade a quem ainda mantém a vontade de realizar o sonho de construir na sua terra natal para que assim morar na Quarta-Feira deixe realmente de ser algo proibido e utópico.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Quem acode ao nosso povo?

Ao longo dos últimos anos, os portugueses assistiram impávidos e serenos à governação de José Sócrates. Este primeiro ministro foi, para uns um herói e um paradigma a seguir e para outros um chefe de governo que nunca o deveria ter sido.
A verdade é que ele ofereceu aos portugueses o mesmo programa com que o Peter Pan tentou convencer as crianças dizendo: fechem os olhos, tenham pensamentos positivos e serão capazes de voar. Afinal não podemos. Os défices públicos deturpados e o “desfalque” ao aparelho do estado tornaram o país demasiado pesado para levantar voo.
 Os portugueses fecharam os olhos e acordaram com o pesadelo.
Está mais que visto que não vale a pena esperar que um milagre caia dos céus ou continuar à espera de D. Sebastião,  pois este se não chegou até agora, também não será nos próximos tempos que irá aparecer.
A única certeza que podemos ter parece que já anda por aí e dá pelo nome de FMI.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Ti Beijamim

Nem só de monumentos, acontecimentos e datas importantes se faz a história de um povo, mas também de figuras ou de pessoas que um dia fizeram parte dele.
Em qualquer comunidade há sempre elementos que por um motivo ou por outro se destacam, uns pela positiva e outros por razões que não são motivo de glória mas por algo que prima pela diferença a que sociologicamente, podemos de chamar de comportamentos desviantes.

Assim sendo, já aqui foram relembradas algumas “figuras” quartafeirenses que indiscutivelmente fazem parte da história desta terra como foi o caso do Ti Luís Cunha, do Ti Eusébio, e do Ti António Clemente, mas para além destes a Quarta-Feira teve também outras pessoas que deixaram marcas e são como que uma peça de um puzzle sem a qual o todo não fica completo.
É pois neste sentido que importa recordar esta “figura” que é o Ti Beijamim, que ainda não há muito deixou de estar, fisicamente entre nós, porque na memória e na história jamais deixará de estar.
O Ti Beijamim pode ter sido para uns uma figura de bem e para outros, apenas um habitante como tantos outros, mas a verdade é que este homem tinha um traço de personalidade muito próprio que fazia dele um bom ser humano.
Falar do Ti Beijamim é encaminhar a memória para a boa disposição e para a brincadeira, pois este homem tinha sempre um ar de graça e quando passava por uma qualquer rua da Quarta-Feira a pé, de burro ou de mota deixava sempre um pouco de si e do seu melhor que era o seu bom humor que lhe era bem peculiar, pois na manga trazia sempre uma pequena história ou brincadeira que em quaisquer 5 minutos faziam rir quem com ele, por qualquer motivo, estabelecia um diáligo.
O Ti Beijamim era também um bom amigo da boa pinga e adorava matar a sede com copos grandes e de preferência bem cheios. Quando o vinho era do seu agrado tinha por hábito dizer que era como um toiro e quando apreciava uma qualquer iguaria que lhe caia bem então não hesitava em dizer que sabia a coelho.

Aqueles que frequentemente conviviam com ele já conheciam muitas das suas histórias, mas quando o tinto lhe corria nas veias em maior quantidade não perdia a oportunidade para contar a anedota do “broeiro” que aqui não conto por ser “imprópria para consumo” em locais de acesso público como é um blog. Mas para se ter a noção e recordar o “género cómico” do Ti Beijamim aqui vai uma pequena amostra daquilo que o caracterizava, pois não será propriamente uma história desconhecida, mas certa dia quando à Quarta-Feira se deslocou uma equipa de uma estação televisiva para entrevistar alguém sobre as minas, quis o destino que o entrevistado fosse precisamente o Ti Beijamim que começou por dizer como se chamava, qual era a sua idade e lá foi respondendo às questões que lhe iam colocando, mas a certa altura da entrevista perguntaram-lhe se em virtude de eventuais contaminações já padecia de alguma doença, ao que ele respondeu prontamente e sem hesitações: “já tenho os males todos”. Segundo ele, esta foi apenas uma tentativa de ver a sua reforma aumentada, o que na verdade não produziu o efeito que ele pretendia, no entanto revela bem o seu tom jocoso com que encarava a vida indo de encontro à célebre frase ( ridendo castigat mores ) que significa a rir se corrigem os costumes, fazendo deste lema um estilo e uma forma de vida.
Texto de João Reis
Encenação e cenografia de João Reis
Actores: Realizada por onze actores do grupo de teatro "Guardiões da Lua"
Drama/Romance

            Sinopse da peça "A queda de duas estrelas":

Uma estrela nova curiosa, não apaga a sua luz com a chegada da madrugada para poder observar o que se passa na terra. Ao longo do tempo vai descobrindo um sentimento dos humanos que a fascina, o amor.
Seduzida por esse sentimento deixa-se cair na terra para o poder viver; no entanto quando chega descobre que ele já não existe ou quase já não existe. E o que vê por todo o lado são discórdias, guerras, ódios.

Mas para alterar tudo isso ela tem uma solução; é o seu pó da luz de estrela que guarda num saquinho, ela sabe que se o espalhar haverá luz outra vez no coração dos humanos. Só que ela deixará de brilhar e nunca mais voltará a ser estrela; mesmo assim não hesita em faze-lo e o amor volta de novo á terra.

Só que ela não sabe que a sua amiga estrela Aurora a observa e juntamente com a mão das estrelas, a estrela da manhã e a estrela do pastor vêm resgata-la a um mundo que só um cego as consegue ver.


sábado, 2 de abril de 2011

Se não fosse o se...

Se não fossem os (SES) e se  ontem não tivesse sido dia das mentiras a piscina pública até poderia ser feita. Mas assim... Vai, inevitavelmente, ter que ficar adiada...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Quarta-Feira vai ter piscina pública

Segundo fontes da autarquia sabugalense a Quarta-Feira vai ter mesmo uma piscina pública ao serviço de todos os quartafeirenses.
Ao que parece, a obra surge no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional ( QREN ) que tem como um dos seus grandes objectivos, contribuir para alguns melhoramentos em zonas desfavorecidas e afastadas do litoral. Este programa será  uma espécie de discriminação  positiva para regiões que o tempo e as circunstâncias foram descriminando sem dó nem piedade.
Esperemos que esta obra seja mesmo para levar a bom porto e que as finanças ou contas do Estado não venham a servir de desculpa para cancelar o projecto.