quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O que diz a imprensa sobre a emigração: "Emigrantes criticam o custo de vida em Portugal" -

Emigrantes não sabem como se consegue viver cá
Andam aí, um pouco por todo lado. Facilmente reconhecidos, com as t’shirts Nike ou Adidas, a camisola do Cristiano Ronaldo ou chapéu na cabeça, ostentando carros topo de gama, com música em altos sons, e com a bandeira nacional estampada nos vidros. Falamos dos emigrantes, que neste mês de Agosto, que está a chegar ao fim, deram vida a muitas vilas e aldeias da Beira Interior, algumas delas desertificadas É o chamado “Querido mês de Agosto”, já imortalizado em filme, que faz com que, nesta época do ano, em algumas terras duplique a população. Mas só mesmo nesta altura, porque de futuro, muitos dizem não querer voltar.
É o caso de Maria José. Aos 58 anos, e à beira de se reformar, já não pensa num regresso a casa, no concelho da Covilhã. Casada, com um filho, já tem dois netos e, afirma “a minha casa é lá, não é aqui. Aqui não tenho nada”. Já chegou a ter. Construiu uma moradia que, passados alguns anos, acabou por vender, já que, para passar uns dias de férias, no Verão, “ a casa da minha mãe basta”. A opção foi realizar dinheiro para, sim, fazer uma casa no sul de França. “É por lá que acabarei os últimos dias da minha vida. Tenho lá o filho, os netos, e eles nunca de lá virão, apesar de também virem cá passar uns dias de férias”. Até porque não vê vantagens algumas num regresso. “Então, cá é tudo tão caro…. Impostos, luz, água, as mercearias, os carros, fogo, sei lá. Pelo que vejo, lá vivemos melhor. Ganhamos mais e o custo de vida não é tão grande”. O filho ainda fala português, embora esteja casado com uma cidadã francesa. Já os netos, não falam, mas percebem tudo. “É sempre bom que pelo menos percebam a nossa língua. Em casa vamos falando para eles também aprenderem” frisa.

Já Vítor adora vir a Portugal. Mas também não pensa voltar para cá em definitivo. “Não. É lá que trabalho, ganho bem, tenho uma vida boa e cá, da maneira que isto está…. De certeza que não volto. Venho cá em Agosto ver a malta”.

Francisco está radicado na Suíça. Também já se reformou, tem dois filhos lá, que já estão “bem empregados” e por isso, vai também manter-se por lá, apesar de ter algum património na sua aldeia, no concelho da Covilhã. “Tenho uma casa e um apartamento. A casa é para mim, quando cá venho no Verão. E o apartamento foi uma maneira de empregar algum dinheiro que lá ganhei. Está alugada” afirma. Aos 67 anos, ainda equaciona a hipótese de um dia “vir de todo” mas “só quando já for mesmo velhinho. Antes não” assegura.



“A vida cá é muito cara”



Já Mário Batista, 63 anos, natural da Erada, concelho da Covilhã, ainda tem ideia de regressar, um dia, à sua terra natal. “Penso em voltar, um dia a Portugal. Mas só quando já for muito cansativo andar a fazer viagens de França para cá “ assegura.

Muito comunicativo, Mário explica-nos como começou a sua aventura por terras gaulesas. “Fui de assalto, em 1967. Andei nove horas para lá chegar. Era muito difícil, passei vários obstáculos. Tinha apenas 18 anos, nunca tinha saído de casa sozinho, fui para junto de gente que não conhecia, uma língua estrangeira, mas só lá estive dois meses sem trabalhar. A 1 de Abril desse ano comecei a trabalhar numa empresa à qual estive sempre ligado e posso dizer que nunca conheci o desemprego” assegura. Mário foi funcionário de uma empresa de construção civil, que se dedicava a obras públicas, na qual esteve até Abril deste ano. Agora está já reformado. “Cheguei a ser o encarregado geral” afirma, orgulhoso. Todos os anos regressa à Erada, no Verão. “Agora tenho mais tempo, é possível que venha mais vezes” afirma. A sua estada em França, na zona de Paris, apenas foi interrompida em 1970, quando teve que regressar para efectuar o serviço militar. “Fui para o Ultramar. Andei 24 meses na Guiné. Foi nessa altura que conheci a minha esposa” afirma. Do casamento, com uma jovem de Cortes do Meio, nasceram dois filhos, um rapaz e uma rapariga, que apesar de terem nascido em França, também eles vêm todos os anos à Erada. “Sim, costumam vir. Mas a vida deles é lá” afirma Mário.

Sobre o País que cá encontrou, Mário diz que vê muita gente, em centros comerciais, “mas só a ver. Comprar, nem por isso. Não se pode. A vida cá é muito cara. Não sei como é que as pessoas conseguem aqui viver. É preciso mesmo muita ginástica”

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Festa de Nossa Senhora do Desterro 2013

A festa de Nossa Senhora do Desterro no próximo ano será nos dias 10,11 e 12 de Agosto. No sábado a procissão de velas será às 20 horas e no domingo a missa que será seguida de procissão será às 15:30.
Ainda faltam uns dias para a festa mas assim os Quartafeirenses já podem marcar férias de forma a estarem prensentes neste evento que, na nossa aldeia, só acontece de três em três anos e que é sempre um bom motivo para o reencontro e para o reviver de emoções que faz tão bem aos nossos corações...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Video da Local Visão sobre os Dias da Lua 2012 ( Para ver clik no link )

http://videos.sapo.pt/6Ln3w4aepA4TOtzPMkKF

Video dos Dias da Lua-3 ( Para ver clik no link )

http://www.youtube.com/watch?v=4dxA4AEDE-s&feature=plcp






Video dos Dias da Lua-2 ( Para ver clik no link )

http://www.youtube.com/watch?v=uW3ZeSW0kJY&feature=plcp

Video dos Dias da Lua-1 ( Para ver clik no link )

http://www.youtube.com/watch?v=fZji2O8tXHI&feature=plcp

Balanço Final dos Dias da Lua


Agosto já vai a meio e os Dias da Lua já terminaram. Assim tem sido e que assim continue a ser, pois os Dias da Lua na nossa aldeia são já um evento de referência que cada vez mais suscita interesse de moradores, emigrantes e de todos aqueles que por qualquer motivo têm alguma afinidade com a Quarta-Feira.

À semelhança de outros anos, houve atividades variadas, tais como pintura, escultura, acampamento no parque de merendas e outras, mas além destas atividades, este ano houve algo de diferente que foi o intercâmbio cultural entre a Quarta-Feira e Sortelha, o que foi sem dúvida positivo e benéfico para ambas as aldeias, pois a nossa Quarta-Feira levou a Sortelha o teatro e a escultura e Sortelha retribuiu com um espetáculo do seu rancho folclórico que o “nosso povo” tanto aprecia uma vez que reflete uma forma de vida do passado, do presente e que a história se irá encarregar de transportar para o futuro.

Este intercâmbio foi bem salutar, pois para além do ambiente e da vida que imprimiu a estas duas aldeias contribuiu também para esbater uma velha rivalidade que vem de tempos muito remotos e que de geração em geração foi passando mas que não tem, em boa verdade, qualquer fundamento, pelo que não faz sentido continuar a alimentar tão ancestrais divergências que jamais em tempo algum deviam ter existido.

Os Dias da Lua 2012 permitiram também o reencontro de velhos amigos, pois este ano o jantar convívio no Largo da Escola foi também um verdadeiro sucesso em que o porco no espeto foi o prato principal e as deliciosas sobremesas eram mais que muitas.

Mais uma vez ficou provado que o povo da Quarta-Feira é único , é acolhedor, tem tradições e quando se junta é como que uma família que se reúne em que a casa é a Quarta-Feira e os filhos são o povo que unido já mais será vencido.

domingo, 12 de agosto de 2012

Peditório para a festa de 2013

Hoje deia 12 de Agosto foi feito o peditório para a festa de Nossa Senhora do Desterro de 2013. Os mordomos já levavam o saco "meio cheio". Esperemos que a festa seja um sucesso...

Casamento de Quartafeirense

                                                      
Ontem dia 11 de Agosto casou-se em Sortelha Eden e Raul, ela é filha de Jesuino Morgado e Gracelina, neta de José António e Vitorina Maria. A cerimónia decorreu à boa maneira portuguesa, com requinte em todos os aspetos.
Que a vida lhes traga as maiores felicidades e que Deus lhes conceda muitos anos de vida.
Parabéns.

                                                                     

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Vá para fora cá dentro


Apesar de ser já muito batido, o slogan “ vá para fora cá dentro” faz agora, mais do que nunca, todo o sentido, sobretudo nesta época difícil em que os combustíveis sobem, os ordenados descem, as despesas aumentam e as receitas familiares não esticam.

Na nossa Quarta-Feira, o “vá para fora cá dentro” tem uma certa aplicação, pois quer seja na Quinta Velha, na Quinta Nova, nos Pessegueiros ou na Cascalheira, várias são as opções para umas férias divertidas e ao mesmo tempo relaxantes sem ter de se sair dos limites desta terra que a cada um de nós oferece o ar que respiramos, a água que bebemos e a pacatez que tanto apreciamos.

Quer escolhamos a sombra do parque de merendas, o café ou o Centro de Convívio ou até o terraço ou a varanda da nossa casa são sempre uma forma de descanso e de aproveitar o melhor que esta aldeia nos oferece que é a tranquilidade aleada a uma paisagem admirável que cada vez mais encanta quem cá passa por acaso ou por acaso faz por cá passar.




Dedicatória aos nossos emigrantes "Clik no link para ouvir"

http://www.youtube.com/watch?v=fiPh62iyLz0