quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Agosto já foi e Setembro já veio

Se o mês de Agosto é bom, Setembro também não é mau, pois também tem os seus encantos.
Setembro é pois um mês de algumas mudanças quer a nível climatérico, quer a nível de costumes e tradições do povo português.
O mês de Setembro é por excelência o mês da vindima e na Quarta-Feira esta actividade já não deve tardar muito.
O vinho quartafeirense é de facto um néctar com características próprias que geralmente agrada a quem aprecia uma boa pinga, pois o clima desta terra confere-lhe um óptimo paladar.
Depois da vindima e ainda no mês de Setembro também é tempo de fazer a água ardente à moda antiga, o que já é uma tradição rara mas bonita que não deve ser perdida, pois para além do óptimo bagaço que se produz, esta prática bem antiga é também um motivo de convívio e de serão para quem aprecia o reviver de uma certa forma de vida de tempos que já lá vão.
Setembro é também para os mais novos, o mês do regresso à escola, o que é para eles um momento aguardado, sempre, com alguma ansiedade.
É também em Setembro que chegam as primeiras chuvas, o que obriga  a uma mudança de roupas, calçado e algumas rotinas, como o começar a acender a lareira.
Setembro é pois um mês de alguns encantos que cada um à sua maneira deve apreciar. Enfim… Setembro é o tempo a mudar e um novo ritmo a chegar.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O que a imprensa diz sobre a emigração

"Trazes na mala a esperança/ no coração a dor da partida/ na alma os sonhos de criança/ nos olhos as lágrimas da despedida". Assim começa o poema que a poetisa Vóny Ferreira dedica à emigração e que espelha o sentimento dos emigrantes que, nesta altura, terminam as férias e iniciam a viagem de regresso até ao país onde foram procurar melhores condições de vida. Partem com a bagagem cheia de recordações e de uma saudade que não esmorece.
TRISTEZA DA PARTIDA
No fim de Agosto é altura de se refazer as malas, encher a bagageiras dos carros, acondicionar garrafas de vinho entre a roupa, encaixar à força queijos, enchidos e doces onde parece já não caber mais nada. "Os carros vão cheios porque hoje já não há o controlo alfandegário que existia até aos anos 90", explica José Borrego, natural do Fundão e emigrado em Nimes (França) há 40 anos. Este emigrante de 59 anos já se habituou a lidar com as emoções, mas assegura que a principal bagagem que leva no regresso a França "é a tristeza... vou carregado dela, como de vinho e chouriços".
"O coração aperta e sinto um nó no estômago que custa a desatar", descreve Carla Pires, de 29 anos. Esta jovem está na Suíça há seis anos e não consegue lidar com a despedida. Na última noite antes do regresso a Genebra, Carla juntou a família quase toda, na qual se incluem outros emigrantes espalhados pela Europa, e foram à Festa da Senhora do Rosário, em Quintãs: "É para queimar os últimos cartuchos e levar connosco uma derradeira recordação daquilo que gostamos em Portugal – as festas".
O primo Rui Jorge, de 36 anos, emigrado há quatro em Bordéus, foi à festa para se despedir dela: "Já estou com saudades e ela ainda aqui está", afirma com os olhos entristecidos. "Só temos oportunidade de nos ver uma vez por ano", lamenta.
A família Rodrigues, radicada em Le Mans (França), é mais pragmática: "Desde que se aproveite bem o tempo que cá se passa, consegue-se recarregar baterias para o resto do ano", afirma Paulo, o pai, que em conjunto com a esposa Noémia e os filhos Tiago e Diogo fizeram compras de última hora no mercado do Fundão.
As redes sociais são hoje um meio importante para minimizar a dor da saudade. Pedro Robalo e a companheira, Natália Duarte, de 27 anos, trabalham em Lyon e usam as novas tecnologias para comunicar com a família e amigos. "Além do telefone usamos diariamente o MSN [Microsoft Messenger] e o Facebook para nos mantermos em constante contacto com amigos e família", diz Pedro. "Não é a mesma coisa, mas dá para enganar a saudade", completa Natália.
CRISE LÁ COMO CÁ
A crise é global. Está em todo o lado. Sem excepção, todos os emigrantes que falaram à Domingo admitem sentir os efeitos dela nos países onde trabalham. Mas são unânimes em dizer que "em Portugal é pior". Carla Pires admite que "na Suíça as coisas também não estão fáceis". Mas, pelo menos, "lá ganhamos mais e conseguimos fazer face às despesas e poupar algum". O primo, Rui Jorge, a trabalhar na construção em França, vai mais longe e diz não perceber como alguns amigos "conseguem sobreviver cá com os ordenados miseráveis". "Portugal está de rastos e, enquanto assim for, não temos outro remédio que continuar a trabalhar fora".
Sempre que regressa a França José Borrego diz que será o último ano mas a crise mata este seu desejo. "Dizemos que é uma coisa temporária. Mas acabamos por ir ficando porque lá podemos fazer uma vida melhor, com menos aflições. E por muita saudade que a gente tenha, acaba por fazer a vida lá fora. Depois os filhos nascem lá e já não se identificam com o nosso Portugal", descreve.
Por outro lado, completa Paulo Rodrigues, no estrangeiro "há a vantagem de existir uma verdadeira Segurança Social que não nos faz estar anos à espera por uma operação e que não nos cobra muito dinheiro quando estamos doentes. Isso será o que mais falta faz a Portugal".
AINDA COMPENSA
O certo é que ninguém se mostra arrependido de ter emigrado. "Antigamente as pessoas partiam para o estrangeiro porque se passava muita fome, havia miséria e a Guerra Colonial", descreve João Vinhais, que emigrou para os Estados Unidos com 23 anos. "Hoje já não existem essas situações, mas continua a haver necessidades e as pessoas são obrigadas a ir procurar melhor vida".
Se compensa ou não – defende José Borrego – "depende da sorte e da disponibilidade para trabalhar. Mas geralmente compensa, porque a maioria dos emigrantes, se souber gerir o que ganha, consegue viver com conforto e ainda investir em Portugal". O euro, diz, "retirou algumas vantagens aos emigrantes, mas continua a valer a pena trabalhar no estrangeiro".
Este emigrante reformado passa agora o mesmo tempo em Portugal e em França, onde vivem as duas filhas: "Fiz o que tinha a fazer. Tentei melhorar a minha vida e consegui-o".
José Lucas, de 53 anos, emigrante em França, diz não ter outra hipótese se não continuar no estrangeiro. "É lá que se ganha dinheiro", desabafa enquanto enche a bagagem do carro com produtos alimentares da Cova da Beira. ira
Sempre que acaba as férias e regressa à Suíça para mais uma temporada de trabalho na construção civil, Manuel Andrade, de 45 anos, natural de Santa Maria da Feira, tem como hábito parar na fronteira de Vilar Formoso e comprar alguma coisa "para combater a saudade". Come uma sopa e uma bifana que lhe enganam a fome por algumas horas e vai à loja comprar duas almofadas: uma do FC Porto e outra com o escudo e as cores de Portugal. "Sou português com muito orgulho e gosto de o exibir por onde passo. Estou na Suíça há oito anos e pelos vistos tenho que continuar por lá por muito mais tempo. As coisas estão muito difíceis aqui".
O casal António Júlio e Maria da Conceição, de 47 e 46 anos, de Celorico da Beira, estão emigrados em Paris há mais de 30 anos. Foi ela que o levou. "Em Portugal não havia trabalho. Os primeiros tempos foram complicados mas depois adaptamo-nos à nova realidade", conta António Júlio, trabalhador da construção civil. A mulher dele, Maria, diz que a crise está a afectar todos os países mas em França continua a haver "mais oportunidades". "Aqui há pessoas a passar muito mal porque não têm trabalho", lamenta.
Já Carlos Dias Miranda, de 35 anos, natural da Póvoa de Varzim, tinha só quatro quando foi para França com os pais. Na altura achou que era "um passeio". "Estou muito satisfeito com a vida que tenho em Paris", garante Carlos, empresário com negócios relacionados com serviços à terceira idade. A esposa, Aurelie Brossier, de 35 anos, francesa, gosta de Portugal mas só para a visita de Agosto. "Ela gosta mas prefere a França", confirma Carlos Miranda, pai de uma menina de quatro anos que até já diz que um dia quer "regressar a Portugal".
Para este emigrante a crise entrou em Portugal mas também em França, mas por cá os problemas sociais "são mais complicados". "Vive-se uma situação complexa. Tenho muitos primos que estão desesperados porque não conseguem arranjar trabalho em Portugal. Vão ter que emigrar", vaticina Carlos antes de entrar na carrinha Opel que o levará até Paris. "Para o ano – assegura – haverá mais férias. Se Deus quiser".
NOTAS
REMESSAS
As remessas dos emigrantes portugueses representam actualmente cerca de 2400 milhões de euros.
UM MILHÃO
Em 2010, o número de portugueses residentes em países da UE ultrapassou a barreira de um milhão.
EMIGRANTES
206 mil na Suíça em 2010 – mais 12% que em 2008. E 70 mil pediram nacionalidade à França em sete anos.
DESEMPREGO
Cerca de um terço dos desempregados no Luxemburgo são emigrantes portugueses.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O mês de Agosto encaminha-se para o fim


Quem quer que passe pelas ruas da Quarta-Feira com todo o ambiente francês…automóveis, motas, crianças  e jovens a falar a língua francesa fica com a sensação de estar algures em qualquer lugar do território francês.
A verdade é que esta azáfama e ambiente colorido é temporário e com o final do mês de Agosto aproxima-se o fim das férias e cada um regressa ao seu local de trabalho e à sua rotina.
A todos os Quartafeirenses que estão de partida aqui ficam os votos de um bom regresso.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Reabertura da Estrada do Vale D’ Arca


Depois de muito tempo desactivada e completamente fechada pelo mato, silvas e árvores, a estrada do Vale D’ Arca que noutros tempos serviu as minas e o povo da Quarta-Feira, foi reaberta, pois as terras que envolvem as minas do Vale D’ Arca vão ser alvo de um tratamento.

domingo, 14 de agosto de 2011

Vedação do parque de merendas

No passado dia 12 de Agosto a Junta de Freguesia de Sortelha colocou no parque de merendas da Quarta-Feira uma vedação em rede. O parque ficou mais bonito e mais seguro e a Quarta-Feira agradece.

Casamento de um descendente Quartafeirense

Ontem dia 13 de Agosto de 2011 em Bragança casou Michel Matos filho de Maria Afonso e José Matos, neto de José Afonso e de Maria Inácia.
Parabéns ao jovem casal.

sábado, 13 de agosto de 2011

Video do jantar de 12 de Agosto no parque de merendas ( para ver clik no link )

http://www.youtube.com/watch?v=qxYtPIQrjPk

Algumas fotos do jantar no parque de merendas














 

Dia 12 de Agosto de 2011 a Quarta-Feira esteve em festa

Falar de Agosto em Portugal é falar de calor, praia, emigrantes e festas, pois este é por excelência um mês de alegria, tranquilidade e festividade em que a boa convivência, o descanso e a amizade andam de mãos dadas conferindo a este mês uma sensação de euforia e de liberdade.
Agosto é de facto um mês diferente e na nossa aldeia, à semelhança de muitas outras, este mês marca o regresso de dezenas de emigrantes, o que faz com que a Quarta-Feira ganhe uma vida nova.
Ontem, dia 12 de Agosto a Quarta-Feira viveu mais um dia em grande, pois no parque de merendas o povo juntou-se e quem esteve presente constatou que esta terra é verdadeiramente um lugar muito especial em que cada um tem uma verdadeira identidade e é como que uma peça de um puzzle que faz parte do todo.
Aos poucos as pessoas foram-se juntando e por volta das 20 horas teve inicio um lanche ajantarado em que a febra e a sardinha assada eram as principais iguarias e o tinto quartafeirense era a cereja em cima do bolo.
Como não poderia deixar de ser e a tradição manda, no final as sobremesas eram mais que muitas e as barriguinhas quartafeirenses deliciaram-se com tanta coisa boa a que era completamente impossível resistir.
Após tão apetitosa refeição, o nosso grupo de teatro “Guardiões da Lua” apresentou um fabuloso espectáculo bem ao estilo a que já habituou este povo, constituindo mais um momento cultural que animou todos os presentes.
Por tudo isto o dia 12 de Agosto de 2011 ficará na memória de todos os que assistiram como uma data festiva desta localidade, pois o reencontro dos filhos desta terra é sempre um motivo de alegria, de festa e de honra que ano após ano deve e merece ser comemorado com um evento deste género de forma a que cada um de nós tenha um “orgulho saudável” em ser quartafeirense a 100%.
É claro que esta festa e esta convivência só foi possível graças à vontade, à persistência e ao empenho do João Reis e do Rui Marques que com os seus esforços proporcionaram tão nobre e acolhedor acontecimento.
Pela dedicação de ambos à Quarta-Feira e às causas do povo aqui fica um reconhecimento merecido e um bem haja pelo bem que à nossa aldeia têm feito.

domingo, 7 de agosto de 2011

Semana Cultural na Quarta-Feira "Os Dias da Lua"

Ao longo desta semana irá decorrer na Quarta-Feira a já tradicional semana cultural, denominada “Os Dias da Lua”. Irá haver várias actividades para miúdos e graúdos, tais como escultura, pintura, teatro e um acampamento no parque de merendas. Na sexta-feira, dia 12 de Agosto,  para finalizar haverá um lanche convívio para todos os Quartafeirenses.