Todo o mundo me pertence. Aqui me encontro e confundo com gente de todo o mundo que a todo o mundo pertence. Bate o sol na minha aldeia com várias inclinações. Angulo novo, nova ideia; outros graus, outras razões. Que os homens da minha aldeia são centenas de milhões. Os homens da minha aldeia divergem por natureza. O mesmo sonho os separa, a mesma fria certeza os afasta e desampara, rumorejante seara onde se odeia em beleza. Os homens da minha aldeia formigam raivosamente com os pés colados ao chão. Nessa prisão permanente cada qual é seu irmão. Valência de fora e dentro ligam tudo ao mesmo centro numa inquebrável cadeia. Longas raízes que imergem, todos os homens convergem no centro da minha aldeia. -Dentro de todo o Universo, a Terra é de facto uma aldeia e cada um de nós não é mais do que uma formiga. Cada ser é único na sua maneira de sentir, ver e estar no Universo. Mas no fundo somos todos iguais na mesma aldeia. |
terça-feira, 28 de junho de 2011
Poema "A Minha Aldeia"
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