Mais um ano a chegar ao fim… mais um Natal a principiar.
A palavra Natal é sem dúvida uma palavra mágica para miúdos e
graúdos, para os primeiros pela alegria, pelos sonhos e pela felicidade e para
os segundos pela sensação de família, pelo amor e pelos sentimentos de partilha
que ao longo do ano se perdem ou se afundam mas que nesta época vêm ao de cima
em cada ser humano e mostram que afinal o Natal é mesmo a festa das festas que
ano após ano dá ânimo ao espirito e bem estar ao corpo que por vezes se perde
na azáfama do dia a dia.
O Natal é especial mas passado na nossa querida Quarta-Feira
tem ainda outro requinte sobretudo se passado frente ao calor das nossas
lareiras aquecidas com as lenhas quartafeirenses que dão mais calor que uma
qualquer outra chaminé de uma qualquer cidade onde não há a sensação natalícia
que, felizmente, se sente na Quarta-Feira só pelo simples facto de se abrirem
janelas de casas que habitualmente estão fechadas ao longo do ano, assim como
se vêm também mais chaminés a deitar
fumo, pois é sinal que alguns filhos da terra estão de regresso ao cantinho que
aqui têm e não esquecem, para passarem esta quadra com os seus familiares,
conterrâneos e amigos.
É bom consoar nesta aldeia, ver as luzinhas de Natal a piscar, comer couves da nossa horta
regadas com azeite das nossas oliveiras e vinho das nossas cepas e se o peru
for de capoeira quartafeirense, então…melhor ainda.
No dia de Natal é bom ir à capela, ver o madeiro, ouvir os
velhinhos versos desta quadra como “Entrai Pastores Entrai”, “Em Belém à Meia
Noite” e outros cantados sob a orientação e a voz de fundo da Ti Joaquina e da
Ti Lusitana que imprimem ao ato religioso uma sensação de família e um toque
especial que fazem desta terra e desta gente um povo único e sem igual neste
nosso Portugal.
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