Esta aldeia viu-nos nascer, crescer,
aprender, trabalhar, enfim…fez-nos viver.
A Quarta-Feira podia hoje ser uma
terra mais sorridente se tivesse todos os seus filhos dentro dos seus limites
geográficos, mas na vida nem tudo é como cada um quer, pois por vezes
obriga-nos a fazer escolhas duras mas necessárias para podermos seguir aqueles
sonhos de criança que pesados na balança, o que é mais pesado e mais difícil é
a busca de uma vida melhor e parece ser a decisão mais acertada.
A vida, por vezes, obriga-nos a fazer
aquilo que mais dói e mostra-nos que é preciso mudar, voar alto e bem longe
para outro lugar onde moram promessas e os sonhos de menino, longe da pacatez e
do silêncio da Quarta-Feira, talvez numa cidade grande e confusa.
Perto ou longe guardamos no coração a
nossa aldeia que nunca deixou de ser a mesma que era no dia em que decidimos
partir para mais tarde regressar. No entanto, nesse dia a Quarta-Feira ficou
certamente mais pobre, pois a presença de cada um e o calor humano faz falta à
nossa gente, por isso cada um que aqui pertence e que anda lá longe não se
esqueça da sua aldeia, dos tempos que outrora aqui passou e das memórias de um
tempo que teima em não voltar e que as recordações de outros tempos sejam
também mais um bom motivo para aqui regressar de quando em vez para recordar e
reviver os tempos de infância que na Quarta-Feira passou e certamente ainda não
esqueceu.
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