E se de repente não fosse proibido?
Esta é pois uma questão que à partida parece despropositada, completamente descabida e descontextualizada, mas a verdade é que faz algum sentido.
E faz sentido porque na Quarta-Feira não há, infelizmente, espaços onde de facto seja possível construir, ou se os há são muito reduzidos, o que limita uma eventual expansão da aldeia. A única solução que existe é recuperar o pouco que existe.
Esta é pois uma politica bastante redutora para o desenvolvimento. Com este PDM vamos, provavelmente, assistir a uma desertificação cada vez mais acentuada das nossas aldeias, dado que os espaços que nos restam para a construção não estão contemplados no âmbito do PDM.
Com esta politica só se podem esperar enormes prejuízos para o meio rural, uma vez que os jovens casais e os potenciais interessados em construir a sua habitação na sua aldeia estão pura e simplesmente impedidos de o fazer sendo obrigados a deixar a sua terra e a sua família, acabando por ser obrigados a procurar outros locais para viver, nomeadamente as cidades onde se assiste a uma verdadeira especulação de preços de terrenos ao mesmo tempo que se verifica uma saturação de espaços urbanos que levam por vezes a uma pouco boa qualidade de vida.
Esta é pois uma realidade da qual muitos responsáveis políticos já se aperceberam mas que até ao momento pouco ou nada fizeram para a alterar. De facto já vai sendo tempo de se tomarem medidas no sentido de inverter esta situação que permite exageradamente a expansão das cidades e atrofia e constrange as possibilidades de desenvolvimento do mundo rural.
No caso da Quarta-Feira seria bom devolver a liberdade a quem ainda mantém a vontade de realizar o sonho de construir na sua terra natal para que assim morar na Quarta-Feira deixe realmente de ser algo proibido e utópico.
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